Você se esforçou, estudou tudo o que podia — e talvez até o que não podia — e conseguiu ser aprovado no vestibular de medicina. Nos seis anos seguintes, se dedicou mais ainda para concluir a graduação, alcançando notas boas, fazendo trabalhos de qualidade e aprendendo todos os conteúdos. Portanto, tornou-se um médico.
É assim que tudo acaba? Não! Mais da metade dos médicos brasileiros não para de estudar nessa etapa. Continuar na universidade é um fator fundamental para obter um título de especialista. Mas você sabe o que isso significa?
Você terá que decidir entre duas opções: a especialização e a residência médica. Definir qual cursar é um daqueles passos importantes para quem está decidindo o rumo de sua carreira profissional.
Ainda que muitos confundam essas duas modalidades, elas possuem diferenças cruciais, que determinam muito as oportunidades que você vai conseguir após a faculdade de medicina.
De uma modalidade, você sairá com um título de especialista. Na outra, um valioso diploma acadêmico. Se você quer entender melhor a diferença entre a especialização e residência médica, continue lendo este artigo e tire suas dúvidas.
Residência e especialização apresentam diferenças marcantes
A primeira diferença entre a especialização e residência médica é uma das mais importantes, principalmente se levarmos em conta aquilo que você quer seguir dentro da área.
Enquanto as especializações contam com uma carga horária mínima de 360 horas, as residências médicas duram pelo menos de 2 a 3 anos, com mais de 2880 horas de aula e treinamento por ano.
Isso não quer dizer que a qualidade do curso seja inferior a uma residência, mas o tipo de experiência que você terá será completamente diferente.
Outra das grandes diferenças entre especialização e residência médica diz respeito à bolsa. Enquanto a residência médica concede uma bolsa que você receberá durante os dois ou três anos na instituição, os cursos de especialização são pagos pelo próprio estudante.
Especialização dá conhecimento técnico, mas não título
Ainda no tópico anterior, dissemos que a especialização pode apresentar carga horária significativamente menores. Além disso, tem em seu corpo docente profissionais com alto grau de formação acadêmica, que necessariamente tenha cursado mestrado ou até doutorado.
Isso significa que a especialização faz com que você esteja muito mais preparado para o meio acadêmico do que para a atuação como especialista. Por isso, ao cumprir a carga horária do curso, você não recebe automaticamente seu título.
Para tanto, vai ser necessário fazer um concurso de prova de título de especialista dentro de sua área, tomando todos os cuidados para escolher uma prova reconhecida pela Associação Médica Brasileira. São 53 especialidades oferecidas no Brasil, autorizadas e fiscalizadas pelas respectivas Sociedades Médicas.
Já no caso da residência médica, o profissional terá contato com os melhores profissionais da área, principalmente por meio da prática da profissão. Além disso, já sairá de lá com o título de especialista.
Existem diversas opções de especialização em medicina, seja lato sensu (a própria especialização) ou stricto sensu (programas de mestrado ou doutorado). Divididas em áreas de estudo e atuação, elas oferecem um conhecimento mais aprofundando no assunto, em relação ao que foi aprendido na graduação.
Estes cursos têm carga mínima, de 360 horas, e não contam com uma carga horária máxima. Especializações acadêmicas costumam ser mais rápidas. Já mestrados e doutorados, por exemplo, chegam a levar 24 e 36 meses para serem concluídos, respectivamente.
Além disso, os melhores cursos de especialização exigem que o estudante faça um trabalho de conclusão, que pode ser mais uma chance de aprofundamento.
E qual é a vantagem dessa modalidade, então? É a de poder atuar no meio acadêmico, dando aulas nas graduações ou participando de pesquisas voltadas para a evolução da área.
Muitos médicos com residência concluída realizam estudos de especialização na área em que atuam, como forma de se destacar entre a concorrência.
A residência é a melhor opção para quem quer atuar no mercado
Ao se formar na graduação, você ganha o título de médico. Já para ser considerado um especialista, deve fazer uma residência. Este é o modelo vigente desde 1977, instituído pelo decreto 80.281 publicado pelo governo federal. Além disso, essa modalidade é avaliada pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
Se a sua intenção é atuar diretamente no mercado, em hospitais e clínicas especializadas, a residência é a opção. Você escolherá uma área (pediatria, dermatologia, ortopedia, infectologia, por exemplo), estudará e praticará em um hospital, e a partir de então poderá ser considerado um especialista.
Dessa forma, por todo treinamento prático intensivo durante o período em que você é residente, é maior a probabilidade de sair preparado para atuar diretamente no mercado, conquistando uma boa colocação.
Outro ponto de destaque é que as residências médicas aplicam avaliações periódicas, que incluem até mesmo a análise do comportamento do residente frente à equipe médica e ética, além das provas orais, práticas e escritas.
Os programas de residência são realizados dentro de instituições hospitalares, sob a supervisão do corpo médico. Por isso, oportuniza que o estudante conheça o ofício na prática, no dia a dia da profissão.
Sair da universidade e ir direto para uma residência é uma grande responsabilidade, pois você estará lidando com casos reais. É requerida dedicação extrema para ser aprovado.
A importância da escolha entre especialização e residência médica
Especialização ou residência, o importante é que você considere seus desejos e objetivos e vá atrás da modalidade que mais for útil. A continuação dos estudos pós-graduação em medicina é fundamental para o seu aperfeiçoamento e a sua colocação profissional. Afinal, quanto maior for sua especialização em determinada área, menor será a concorrência.
Segundo a pesquisa Demografia Médica do Brasil, feita em 2015, 59% dos médicos do país são especialistas, o que representam 228.862 de profissionais. Destas, 72% apresentam somente uma especialidade, 22,9% apresentam duas e 5,1% apresentam três, ou mais.
Os 41% de médicos generalistas, aqueles que passam a atuar imediatamente após sair da universidade sem cursar nenhuma etapa extra, são 159.341 profissionais.
Tenha cuidado com a escolha da instituição da especialização
Como toda pós-graduação, escolher o curso também exige cuidados com a instituição. Nem todos possuem credenciamento do governo, e este deve ser o primeiro item que você observa quando decidir pela especialização.
Procurar pelos cursos com professores referência na área, pesquisadores renomados e carga horária apropriada é fundamental para um bom aprendizado.
Atualmente, é possível conseguir informações como estas no sitewww.educacaoosuperior.inep.gov.br, atualizado pelo governo.
Entenda seus objetivos profissionais
Escolher entre a especialização e residência médica exige autoconhecimento, preparo e foco. Afinal, ambas escolhas podem somar saldo positivo em sua carreira como médico, mas em âmbitos diferentes.
Profissionais da área recomendam quase sempre que você opte pela residência, mas, caso não consiga, escolher um bom curso pode, sim, ser seu primeiro passo.
Também é possível investir num curso de especialização e residência médica na mesma área, garantindo um aprendizado mais completo e abrangente.
O que você acha? Está pronto para optar entre uma especialização e residência médica? Se você quer saber mais sobre o curso de medicina e possíveis áreas que você pode seguir após a faculdade, assine a nossa newsletter e fique por dentro de tudo referente ao assunto!
TANIA MARAS SANTOS procure manter o seu equilíbrio você tem fé e sinceridade no seu pedido a DEUS, ele não desampara nenhum de seus filhos, o caso de seu filho só depende dele mesmo em deixar o vício, é uma jornada difícil mas não impossível, peça a DEUS para envolver o mentor espiritual de cada um.