O sistema educacional finlandês está despontando como um dos melhores do mundo. Além dos resultados, a educação da Finlândia tem chamado atenção também pela inovação da sua metodologia de ensino e pela qualidade de vida que alunos e professores têm.
Mas o que o país faz de tão diferente nessa área? Neste post você vai conhecer alguns dos princípios da educação finlandesa e saber por que o Brasil tem motivos para se inspirar nesse modelo!
Universalidade do acesso à educação
O principal valor do sistema educacional finlandês é a educação como direito de todos. As escolas são, em sua maioria, gratuitas, financiadas pelos impostos pagos pela população. Além disso, o acesso é universal — todos os cidadãos têm a garantia de colocar seus filhos na escola.
Como um direito fundamental, a educação nesse país não está atrelada à capacidade econômica da família e nem a outras particularidades, como gênero e nacionalidade. As crianças de 7 a 16 anos estão incluídas no ciclo obrigatório e tanto a escola quanto os materiais escolares são fornecidos pelo governo.
Respeito à individualidade
Diferente da educação tradicional, o sistema finlandês não busca a homogeneização das turmas. Pelo contrário, as instituições educativas prezam pelo atendimento individualizado, ou seja, cada estudante é acompanhado de perto em suas potencialidades e dificuldades particulares. É respeitado o ritmo de aprendizagem de cada um.
Na Finlândia, a avaliação não se baseia no sistema de provas e pontuação. Os professores podem realizar exames para acompanhar a aprendizagem dos alunos, mas o principal método avaliativo são os relatórios. Assim, os docentes descrevem os processos de ensino e aprendizagem e os pais podem acompanhar a vivência dos filhos.
Autonomia do aluno
Outro diferencial importante do sistema educacional finlandês é que o ensino não se baseia na transmissão de conteúdos do professor para o aluno. Ao contrário, a autonomia do estudante é estimulada e o professor atua mediando a construção de novos conhecimentos.
A aprendizagem se dá, de forma geral, pela experimentação. Não existem as aulas tradicionais em que os alunos se sentam em fileiras e escutam o professor. Na Finlândia, professor e aluno atuam juntos pesquisando assuntos e vivendo experiências em projetos temáticos. Os estudantes são pesquisadores responsáveis pela própria aprendizagem.
As áreas de conhecimento não são vistas de forma isolada, mas integradas. Esse é um grande benefício para os estudantes, pois evita que eles tenham acesso a conteúdos fragmentados. Nas escolas finlandesas, em uma mesma pesquisa é possível aprender sobre geografia, história e matemática, por exemplo.
Mais do que as matérias escolares, os alunos finlandeses aprendem um valor fundamental para a vida adulta: a independência. Eles são vistos, desde cedo, como cidadãos autônomos capazes de fazer questionamentos, demonstrar interesses e construir conhecimento. Assim, desenvolvem diversas habilidades fundamentais.
Experiência colaborativa
Na Finlândia, os alunos e professores trabalham de forma colaborativa. Todos podem levantar um tema de interesse e propor novos projetos de pesquisa. A metodologia não está centrada no professor, mas é compartilhada com os estudantes. Todos dividem conhecimentos e aprendem juntos.
Nem todo o currículo é composto pela experiência colaborativa — ainda há a definição dos conteúdos pela gestão da escola e pelos professores. Mas em todas as instituições é obrigatório realizar esse trabalho em um ou mais períodos do ano letivo.
Colocando em prática esses princípios educativos, o sistema educacional finlandês de fato se torna uma referência para a educação mundial. Superar as limitações do modelo tradicional é muito importante. No Brasil, algumas instituições têm se espelhado nos avanços da Finlândia, como a Facig!
Quer saber mais? Leia nosso post sobre o curso de metodologia ativa oferecido aos professores da Facig!