Nos dias 25 e 26 de Junho, a professora Andréia Almeida Mendes, coordenadora de Pesquisa e Extensão do Centro Universitário UNIFACIG e também coordenadora do Programa Letramento em Programação em Manhuaçu representou a instituição no evento EDUCONECTA21, promovido pela IMED em parceria com o Instituto Ayrton Senna.
O evento teve como tema central o desenvolvimento da “educação integral por meio do pensamento computacional”, sendo essa temática um dos grandes pilares do programa Letramento em Programação desenvolvido no município de Manhuaçu, em parceria com o Instituto Ayrton Senna.
Como as atividades do projeto ficaram, em virtude da pandemia, paradas por uns meses, o objetivo principal do evento foi o de motivar os professores e reconectá-los com o projeto, bem como fortalecer a interação da Rede do programa Letramento em Programação.
No primeiro dia, o foco foi voltado para a educação integral e o pensamento computacional, havendo também um resgate do histórico do programa e de suas atuais perspectivas. Ao final da tarde, foram apresentados cases pelos territórios, dentre eles o seguinte caso: ” A inclusão de aluno do espectro autista no contexto da Programação, em Manhuaçu”, apresentado pela professora Andréia Almeida Mendes.
No segundo dia, foi o momento de focar nas competências socioemocionais, ressaltando-se também a importância dessas competências no atual cenário de pandemia; a mediação desta seção foi também realizada pela professora Andréia Almeida Mendes que também deixou claro o papel que a tecnologia tem no desenvolvimento dessas competências. Assim como no primeiro dia do evento, houve a apresentação de cases de outros territórios também, além da fala de Adelmo Eloy.
Já faz um tempo que o ensino deixou de ter por base a memorização de conteúdos e passou a ter por foco o desenvolvimento de habilidades e competências. Papert, no início da década de 60, aconselhou aos professores que os computadores fossem usados para potencializar o desenvolvimento da aprendizagem e da criatividade das crianças. Sob a influência por Piaget, com quem trabalhou por um tempo na Universidade de Genebra, desenvolveu a teoria do construcionismo. De acordo com essa teoria, o aluno é visto como construtor de seu conhecimento, sendo essa construção realizada por meio de descobertas; assim, a aprendizagem “ocorre por meio de uma ação concreta que resulta em um produto palpável”. (OUCHANA, 2015).
Nesse processo de se trabalhar a tecnologia e da construção do seu próprio conhecimento por parte do aluno, várias competências socioemocionais são trabalhadas. Assim, ao lidar com a tecnologia, os alunos colocam em prática atitudes e habilidades para controlar emoções e sentimentos, para resolver problemas, bem como necessitam demonstrar empatia, principalmente quando o trabalho é em grupo, demonstrando respeito com os colegas e agindo de forma colaborativa, reflexiva e ética (GAROFALO, 2018). Situações essas que vão além dos muros da escola e se tornam um aprendizado para a vida.