O mês, chamado de Maio Laranja, é dedicado à realização de atividades de prevenção relacionadas ao abuso sexual de crianças e de adolescentes. Foi escolhido porque, em 18 de maio de 1973, em Vitória, no Espírito Santo, um crime, conhecido como Caso Araceli, chocou o país pela brutalidade. Araceli era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade que foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta.
Acredita-se que a melhor maneira de se combater a violência sexual contra crianças e adolescentes é a prevenção. Assim sendo, é necessário um trabalho informativo junto aos pais e responsáveis, a sensibilização da população em geral e dos profissionais das áreas de educação e jurídica, com a identificação de crianças e adolescentes em situação de risco e o acompanhamento da vítima e do agressor.
Assim como no caso da violência contra as mulheres, o lar também pode ser um local inseguro para crianças e adolescentes vítimas de abusos. Isso porque, conforme dados do Disque 100, mais de 70% dos casos são praticados por familiares. Por isso, o período de isolamento social vivido devido à pandemia pode ser um perigo.
Os discentes de Pedagogia do UNIFACIG acreditam que o primeiro passo é falar sobre este assunto; em função disso, quanto mais tabus e censuras, maior será o desconhecimento da população e, por consequência, os índices de abuso aumentarão.
Se quisermos uma sociedade menos violenta, precisamos educar nossas crianças e adolescentes para uma cultura de paz e oferecer a elas uma educação sexual de qualidade, comprometida com a formação de cidadãos conscientes e responsáveis tanto com a proteção de si, quanto com a proteção do outro.