O FIES é um programa criado pelo Governo Federal em 1999 que tem como objetivo oferecer financiamentos estudantis a juros baixos para os estudantes de todo o país. Ele é uma das principais oportunidades que os alunos de baixa renda têm para ingressar no ensino superior e conquistar um diploma.
Embora já tenha ajudado milhões de brasileiros a conseguirem concluir seus estudos, ainda existem muitos jovens que não sabem exatamente como o programa funciona. Além disso, as regras passaram por muitas mudanças desde o seu surgimento e muitas pessoas se questionam se o FIES vale a pena hoje em dia.
Se você também compartilha dessas dúvidas, acompanhe a leitura deste conteúdo até o fim. A seguir, explicaremos tudo o que você precisa saber sobre esse programa do governo.
Como funciona o FIES?
Ao contrário do que muitos pensam, o FIES não é uma bolsa de estudos. No ProUni, o programa de bolsas de estudos do governo, o estudante ganha o valor da mensalidade ou parte dela — logo, em momento algum bolsistas precisam pagar de volta para o governo o valor do curso.
Já no financiamento estudantil, o aluno “pega emprestado” do governo o valor necessário para quitar as mensalidades de sua graduação ou parte delas. Quando ele se formar, ele deverá devolver o dinheiro ao governo pouco a pouco e, é claro, respeitando os juros, que são pagos em parcelas trimestrais.
Além disso, o estudante tem um período de dois anos para conseguir um emprego após a graduação e se estabelecer financeiramente para, só então, começar a pagar as parcelas.
O FIES vale a pena?
Não existe uma resposta definitiva para essa pergunta, na verdade, é uma questão muito pessoal. Tudo depende da sua realidade, mas o FIES pode ser vantajoso se você se encaixar nos seguintes casos:
- o curso que você deseja fazer não está disponível em instituições públicas ou você não tem condições de frequentar essas universidades por algum motivo (distância, pontuação baixa no Enem, vestibular muito concorrido, entre outros);
- você não pode concorrer às bolsas do ProUni, seja por não se encaixar nos critérios da bolsa ou por pontuação insuficiente no Enem;
- o curso que você pretende fazer coloca os alunos graduados direto no mercado de trabalho e, por isso, você tem boas chances de aumentar a sua renda após se formar.
Quem pode pedir o FIES?
Agora que você já sabe como o programa funciona e se ele vale mesmo a pena, está na hora de descobrir se você cumpre os requisitos para participar do programa. Para pedir o FIES, o estudante precisa:
- ter participado do Enem, com desempenho maior que 450 pontos de média nas provas e nota maior que zero na redação (isso vale para quem concluiu o ensino médio a partir de 2010);
- apresentar renda familiar compatível com os requisitos da edição da qual o estudante participou.
Quem conseguiu uma bolsa parcial no ProUni também pode recorrer ao FIES para financiar o valor da mensalidade que será cobrado. Só não pode recorrer ao programa de financiamento estudantil quem já foi beneficiado por ele antes e quem está inadimplente com o Programa de Crédito Educativo (PCE/CREDUC).
Isso é tudo o que você precisa saber sobre o FIES antes de decidir o seu futuro acadêmico. Embora muitas pessoas vejam o FIES como um programa ruim, ele já ajudou milhões de estudantes brasileiros a ingressarem no ensino superior. Portanto, pense bem antes de tomar uma decisão!
O que você acha sobre o FIES? Você pretende recorrer ao programa para fazer uma graduação? Conte-nos a sua opinião e também a sua experiência nos comentários.