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Catadora de material reciclável entra pela primeira vez na vida em uma sala de aula para dar um depoimento emocionante sobre o seu dia a dia da coleta.

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“O pior é o cheiro do lixo, enfiar as mãos e vir aquela catinga na cara”: catadora de material reciclável entra pela primeira vez na vida em uma sala de aula para dar um depoimento emocionante sobre o seu dia a dia da coleta.

Os cursos de Direito e Pedagogia do Centro Universitário UNIFACIG realizaram uma ação conjunta envolvendo a coleta de materiais recicláveis. As catadoras Janaína e Cléia estiveram na noite do dia 14 de setembro para contarem o dia a dia e as vivências nas ruas.

Janaína contou sobre a sua infância, que comia sobras de cachorros e trabalhava jornadas exaustivas em lavouras de café. Mãe de 13 filhos, mudou-se para a cidade após problemas de saúde. Cléia falou sobre a perda da mãe e do pai, sobre a falta de amparo que isso gerou em sua vida.

Janaína e Cléia contaram que saem de casa as 7:00 da manhã em busca de material reciclável e só retornam por volta das 22:00, que muitas vezes se vestem e se alimentam do lixo “se encontramos uma coxinha, coca-cola, a gente divide e come”. O quilo da latinha Janaína vende por $4,50, são em média 62 latinhas para dar um quilo, afirma: “tenho que juntar uma pilha, um sacão de latinhas para conseguir dez reais”.

Perguntada sobre as dificuldades no dia a dia da coleta, Janaína afirmou “as pessoas nos julgam, o pior é cheiro do lixo…”. Contaram que nunca tinham entrado em uma sala de aula na vida “ainda bem que Deus me deu essa oportunidade, eu queria viver isso um dia, as únicas vezes que eu entrei em uma escola foi para ir a Diretoria, quando me chamavam para resolver problemas do meu filho.”.

A atividade faz parte de um projeto de extensão que discute o problema do lixo nas cidades, abordando a questão ambiental, a consciência humanitária, social, cultural, pedagógica e jurídica.

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